sábado, 12 de janeiro de 2013


Sinto-me tão aflito,

Ao ouvir tanto grito

Nesta desordem

E escuridão de breu.

 

Estão dormindo os carcereiros.

Engavetam quem deve pouco.

Deixam andar à solta e opulentos

Os insaciáveis e gigantes tubarões

Que tudo devoram,  cá por baixo,

Sem olhar a quem…

 

Dormem ou fingem,

De olhos fechados

Os que deveriam ser os magnos capatazes-mor…

Encavalitados, 

Cada um em seu poleiro.

 

E, até dão uma mãozinha a abrir as portas…

E, à farta, se regalam

Com boa parte da colheita…

Desçam os anjos do céu,

 Em abundância.

Se for preciso, armados de baionetas.

Já que nem dinheiro há sequer,

Para meia dúzia de vassouras. 

Limpem, de vez,

Tanta cadeira inútil e valeta de entulho.

Despejem tudo nas lixeiras do universo…

 

E só peço a Deus

Que nova era, de paz e de justiça,

Se implante nesta terra linda e rica

Que sempre foi de gente séria e honesta…

 

Ouvindo as Valquírias de Wagner

 

Berlim, 12 de Janeiro de 2013

7h23m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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