Sinto-me tão aflito,
Ao ouvir tanto grito
Nesta desordem
E escuridão de breu.
Estão dormindo os carcereiros.
Engavetam quem deve pouco.
Deixam andar à solta e opulentos
Os insaciáveis e gigantes tubarões
Que tudo devoram, cá por baixo,
Sem olhar a quem…
Dormem ou fingem,
De olhos fechados
Os que deveriam ser os magnos capatazes-mor…
Encavalitados,
Cada um em seu poleiro.
E, até dão uma mãozinha a abrir as portas…
E, à farta, se regalam
Com boa parte da colheita…
Desçam os anjos do céu,
Em abundância.
Se for preciso, armados de baionetas.
Já que nem dinheiro há sequer,
Para meia dúzia de vassouras.
Limpem, de vez,
Tanta cadeira inútil e valeta de entulho.
Despejem tudo nas lixeiras do universo…
E só peço a Deus
Que nova era, de paz e de justiça,
Se implante nesta terra linda e rica
Que sempre foi de gente séria e honesta…
Ouvindo as Valquírias de Wagner
Berlim, 12 de Janeiro de 2013
7h23m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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