A festa que acaba...
Vai encerrar para nós,
este palco azul,
de diversões variadas,
em sessão permanente.
Ambiente de festa.
A plateia ridente,
exposta na praia,
bate as palmas
e sobe para o palco
quando lhe apetece.
Os camarotes são barcos
que dançam e balançam
nas ondas que passam.
Velozes as motas deslizam na água,
galgam atrevidas,
com piruetas.
Há barcos com mastros,
que assistem calados,
de velas cansadas.
Barquinhos de remos
brincam infantes,
às voltinhas miúdas,
arreliam os pais,
com danças macabras.
Os corpos molhados,
de vermelho pintados,
aguçam desejos ocultos,
aos olhos sedentos.
Há sons estridentes da arraia miúda,
brincando na areia,
arquitectos em potência.
E os velhos cansados,
patinham os pés,
de mãos amarradas.
Na areia pisada,
ficam marcadas pegadas de sonho,
da gente que veio e que vai,
esperando voltar...
Roses, 7 de Julho de 2013
20h58m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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