Faces das redes...
Só com buracos
fazem cercos
Que protegem fiéis e
Cumprem à risca:
Nada lhes sai
nada lhes entra
maior que o maior.
Mas do avesso,
Só permitem saída,
Ao menor do que eles.
Cercam as quintas
Como muralhas,
Como se fossem de aço.
Fazem de sacos
Que enchem navios.
Apanham os cardumes incautos.
Cobrem os poços
Por causa das aves.
Ocultam os rostos
Como mantilhas.
Abrigam searas,
Das forças do vento, mas
Fazem de tendas.
Fazem barreiras.
Servem de cama,
Servem de berço,
Não precisam de palha.
Em filigrana fina,
Tecem as teias,
Vestem medusas,
Enformam as células
Que levam o sangue.
Tecem as asas,
Levam sementes,
Semeiam searas.
Irradiam em ondas,
O som e a luz
Que abraçam o mundo...
Ouvindo Gospel choir do Soweto
Berlim, 18 de Julho de 2013
8h36m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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