domingo, 21 de julho de 2013

orvalho da manhã...


Orvalho da manhã...

 

 

Lavo minhas lágrimas

Com o orvalho das manhãs,

No ribeiro que passa

Aqui ao pé.

 

Enquanto,

pardais e toutinegras chilreando,

Mas enxugam,

Com suas penas

E consolam, docemente.

 

Sereno minh’alma,

Das agruras,

Na brandura leve

das ondas mansas

que levam o rio

até ao mar.

 

Descanso os meus olhos,

Ainda ardentes,

Com a sombra benigna

Do folhedo verde,

Transparente.

 

E medito ao vento com saudade

Nos sonhos de criança

Que, de tão longe,

me vão chegando em pensamento.

 

Foram tantos os que

Viram a luz do dia,

Felizmente,

Mas muitos mais

Os que da noite,

Tristemente,

Nunca emergiram...

 

E são esses que, agora,

me visitam como sombras,

Como em noite linda de natal...

 

Ouvindo André Rieu...

 

Berlim, 21 de Julho de 2013

8h57m

Joaquim Luís Mendes Gomes

 

 

 

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