Orvalho da manhã...
Lavo minhas lágrimas
Com o orvalho das manhãs,
No ribeiro que passa
Aqui ao pé.
Enquanto,
pardais e toutinegras chilreando,
Mas enxugam,
Com suas penas
E consolam, docemente.
Sereno minh’alma,
Das agruras,
Na brandura leve
das ondas mansas
que levam o rio
até ao mar.
Descanso os meus olhos,
Ainda ardentes,
Com a sombra benigna
Do folhedo verde,
Transparente.
E medito ao vento com saudade
Nos sonhos de criança
Que, de tão longe,
me vão chegando em pensamento.
Foram tantos os que
Viram a luz do dia,
Felizmente,
Mas muitos mais
Os que da noite,
Tristemente,
Nunca emergiram...
E são esses que, agora,
me visitam como sombras,
Como em noite linda de natal...
Ouvindo André Rieu...
Berlim, 21 de Julho de 2013
8h57m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário