quinta-feira, 25 de julho de 2013

sons do silêncio...


Sons do silêncio...

 

 

Lanço ao vento

Meus sons do silêncio.

Sinais e fachos ardentes. 

São gritos

Vêm de dentro,

Como chuva e granizo,

Caídos do céu.

 

Cantam e choram.

Louvam e oram.

Riem, aplaudem, alegres.

Bradem e soluçam de dor.

 

Estrebucham bravios,

De raiva contida

Que apetece matar.

 

Trombetas finais,

Clamando justiça,

Pregando união.

 

De mãos dadas,

Nada é fatal,

Se a vontade quiser...

 

Com força e à uma,

De todos,

No mesmo sentido,

O barco, cravado na areia,

Por causa da sorte malsã,

Entra nas ondas

E avança no mar,

Fugindo à ameaça da morte.

 

 

Berlim, 26 de Julho de 2013

8h29m

Joaquim Luís Mendes Gomes

 

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