Meu par de sandálias
São leves, ligeiras.
Ponho-as nos pés
E vou por aí fora,
sem rumo traçado.
Aberto à vida dum dia que nasce.
É o passado que vai
E o futuro que vem,
Comboio fechado,
cheio de gente,
Janelas abertas,
Com destinos incertos,
Com bilhete pré-pago,
Entregue e aberto
no fim da chegada.
Subindo e descendo.
Por campos e serras,
Com horas tristonhas
E dias de sol.
Sentindo o vento,
Cantando cá fora.
Rasgando o tempo,
Vestido de dia e de noite
Com estrelas de sorte.
Cada um tem a sua.
Para si e para dar.
Enquanto durarem
Minhas sandálias nos pés...
Roses, 3 de Julho de 2013
7h12m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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