Só, no terraço...
Estranha sensação
de vazio e cansaço.
Chegar ao terraço
e não ver o céu a brilhar.
Tudo cinza,
negro e calado.
Sinto cá dentro
a mesma vontade de sempre
de voar e sonhar.
Minhas asas estão presas
em laços atados
que não consigo soltar.
Olho em redor.
Não vejo uma fresta
por onde entre o sol.
O embaraço fere
E é quase total.
Querer e não ter...
mais nada para dar.
Só me resta a certeza e a esperança
de que minha fonte infinita não seca.
A água sedenta de sede
há-de voltar a correr...
Berlim, 30 de Julho de 2013
7h58m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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