Outro mar de ondas...
Se abro as janelas,
Um mar de vagas,
em marulhar constante,
ressoa estridente,
como se tempestade.
Não vejo a espuma
Mas fumos de carros
Que correm na estrada.
Em vez da praia,
Um dossel vibrante,
Jorrando verde,
Das copas vibrantes,
Como se fossem algas.
Uma brisa meiga corre no ar.
Que nos consola o rosto
E enxuga as lágrimas.
Em vez de gaivotas brancas,
Esvoaçam corvos negros.
Grasnam sedentos
E devoram os vermes.
Nos bosques da selva
Dormem os esquilos.
Saltitam nos ramos,
Como se fossem aves.
Não oiço cucos
Nem poupas gementes.
Se ouvem pombas
Caçando os grilos.
Quando fecho as janelas,
Chove silêncio...
Me convidando ao sono.
Berlim, 11 de Julho de 2013
13h40m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário