segunda-feira, 15 de julho de 2013

horas devassas...


Horas devassas...

 

São escassas as horas mortas da estrada.

Sem termo, rolam as rodas,

de lado para lado.

Fico atónito como nasce a riqueza,

Se metade da vida se passa a correr...

 

A vida germina tão lenta no seio da terra.

Percorre um caminho

Tecido de passos tão leves,

Parece que morre.

 

Ao cabo dum tempo,

Contado ao segundo,

Desabrocha flor ou árvore de fruto,

Pronto a comer...

 

Dentro de nós,

Sem compassos de espera,

Remoinham em teias,

Ideias pintadas de cores.

 

Umas são claras,

Outras mais escuras.

Todas com cores.

Percorrem no rosto

E semeiam sorrisos...

 

Às vezes, fios de lágrimas

Que sabem a dor.

 

Berlim, 15 de Julho de 2013

16h45m

Joaquim Luís Mendes Gomes

 

 

 

 

 

 

 

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