sexta-feira, 5 de julho de 2013

praia de roses...


Praia de Roses

 

Já reluzem os barcos ao sol.

Há-os que correm fugindo ao rasto

que deixam atrás.

 

E há-os parados,

apenas se voltam e tornam,

Sem leme,

 espanejando as ondas,

como os cavalos as moscas.

 

Abrigados no porto,

De mastros erguidos,

Sem velas,

Jazem iates,

de gente graúda

que veste casaca,

em noites de gala.

 

Pelos carreiros-passeios,

Chegam cortejos infindos,

de criançada miúda,

Sedenta de praia.

 

Pela estrada parados,

Em linha segunda,

Se quedam camiões frigoríficos,

 Com verduras e carnes

Para os restaurantes famintos.

 

Pela bordinha do mar,

Molhando os pés,

Caminham e conversam,

Sem fim,

Um par de senhoras,

De saias erguidas,

Para lá dos joelhos.

 

Enquanto o dono dos botes que aluga,

Medita sentado,

Como há-de pagar

a renda desta praia deserta...

 

 

Roses, 5 de Julho de 2013

9h22m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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