Roses ao entardecer...
Da minha varanda do 5º andar
tenho à frente um mar que dorme.
Já não há gaivotas nem andorinhas no ar.
Lentamente vai ficando deserta a praia negra.
Pelos passeios, muito enlaçados,
Pares de amantes que se trocam beijos.
Só a chilreada da pequenada vibrante
Teima em ficar.
Nos parques ermos,
Sossegam os carros
E as esplanadas acesas,
Escorrem de cervejas.
Uma brisa doce afaga o meu rosto.
Meus olhos sedentos
Se passeiam pelas encostas
Onde luzem as casas.
A pouco e pouco,
Vai ficando escuro
Este dossel de luzes.
Só os faróis dos carros
Rasgam as trevas densas.
Pelos telhados negros,
Ressaltam luminosos,
Cartazes de luz
Anunciando hotéis.
Quando cerrei as portas,
O silêncio voltou e
Me convidou a dormir...
Roses, 6 de Julho de 2013
22h50m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário