sábado, 6 de julho de 2013

Roses ao anoitecer...


Roses ao entardecer...

 

Da minha varanda do 5º andar

tenho à frente um mar que dorme.

Já não há gaivotas nem andorinhas no ar.

 

Lentamente vai ficando deserta a praia negra.

Pelos passeios, muito enlaçados,

Pares de amantes que se trocam beijos.

Só a chilreada da pequenada vibrante

Teima em ficar.

 

Nos parques ermos,

Sossegam os carros

E as esplanadas acesas,

Escorrem de cervejas.

 

Uma brisa doce afaga o meu rosto.

Meus olhos sedentos

Se passeiam pelas encostas

Onde luzem as casas.

 

A pouco e pouco,

Vai ficando escuro

Este dossel de luzes.

 

Só os faróis dos carros

Rasgam as trevas densas.

 

Pelos telhados negros,

Ressaltam luminosos,

Cartazes de luz

Anunciando hotéis.

 

Quando cerrei as portas,

O silêncio voltou e

Me convidou a dormir...


Roses, 6 de Julho de 2013

22h50m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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