Outro regresso ao lar...
Ó que suave milagre,
quando dei com estes olhos
ainda sonolentos,
Num painel de verde,
deslumbrante e belo,
das copas altas e recheadas,
tão bem pintadas,
suportando um ténue céu de tule azul,
luminoso e puro,
desde a varanda exposta
da minha casa em Berlim.
Como se eu fosse gnomo bento
numa floresta virgem,
onde tão escondidos,
também correm estradas,
com autocarros e silenciosos autos
vão para seu labor...
Uma disneilândia solene, a sério,
sem trapézios em brasa.
Um pedaço de Sintra...
Só não sinto ao longe
o mar salgado de Ericeira,
minha feiticeira azul!
Nem diviso os zimbórios reais
onde retinem os sinos,
à moda de Mafra!
Nem os meus vizinhos corcéis,
que se banqueteiam à solta,
na tapada sem fim,
Para me darem bons dias,
quando vou à janela...
Mas a vida é assim!...
Berlim, 10 de Julho de 2013
6h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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