Ao nascer do dia...
Por entre aquele entrançado
De arvoredo verde,
De ramos e hercúleos troncos negros,
Entram o sol
E estes meus olhos,
Sedentos de luz e paz.
Nem as sombras caladas
Que o envolvem, densas,
Me desanimam de o perscrutar.
Baforadas de halos calmos,
Tão serenos, se desprendem,
Embriagantes,
Como duma vulcânica caldeira,
Semiapagada e livre.
É tal o conforto que minh’alma banha
Que, logo, humilde,
Uma prece ardente
Se exala e vai,
Faúlha acesa,
Para lá das tantas nuvens negras
Que me toldam o céu
E me roubam a paz.
Ouvindo Hélène Grimaud, em Adágio
Berlim, 28 de 2013
7h43m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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