sexta-feira, 23 de agosto de 2013

que buraco negro...


Que Buraco negro...

 

 

São ásperas estas horas mortas,

Em que o sol desapareceu do céu.

Fica tudo triste. Seca a alma.

Cai a noite, às vezes de breu.

 

Vêm pesadelos. Desesperança.

Parece o fim de tudo.

Não há uma nesga de céu azul.

O chão negro de terra negra

É o único horizonte à vista.

Nem nuvens voam no ar.

Nem as corujas uivam presságios.

Tudo ruiu à volta.

Aquele mundo de paz

E certo que vi viver

Na minha terra-mãe.

 

Até as lembranças doces

-Parece, se apagaram de vez.

Meu coração dói-me...arfante

D’ainda querer viver...

 

Ouvindo Hélène Grimaud

 

Berlim, 24 de Agosto de 2013

8h21m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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