Ventos negros da História presente
Estão a desabar em velocidade louca,
Todos os alicerce firmes
Que a História de séculos,
Fabricou com muito sangue e dor.
Que consagrou em códigos
De honra e argamassa sã,
Rasgando caminhos
Ao progresso e bem-estar.
Tantas refregas onde,
Cruel, imperou a morte.
Tantas revoluções de irmãos
Que depois deram em uniões.
A paz e a justiça,
À parte algumas sombras,
À parte algumas sombras,
Cobriu a Terra, de oiro e prata.
Brilhou o sol.
Diluiram-se quase todas as fronteiras e cortinas
entre os povos.
A inteligência descortinou caminhos
Que, num instante só,
Tudo põem ao dispor e à vista.
De todos os povos.
A riqueza circulou,
Livre à solta,
Na base da troca verdadeira e real,
Dum bem por um bem.
Em que a pauta era só o valor...
Eis que, uma praga de insectos vorazes,
Como um exército larvar e estéril,
Oriundos, não se sabe donde,
Dum deserto de honra
E farto em miragens falsas,
Assentou arraiais na banca,
Nas bolsas perversas,
Avassalou a política porca
E fez despejar a confusão geral,
De cima a baixo,
Tudo empestando de mentira suja...
Só um tornado gigante ...
Poderá exterminar tanta sujeira!...
Ouvindo Rachmaninov
Berlim, 29 de Agosto de 2013
8h2m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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