quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ventos negros da História presente...


Ventos negros da História presente

 

Estão a desabar em velocidade louca,

Todos os alicerce firmes

Que a História de séculos,

Fabricou com muito sangue e dor.

 

Que consagrou em códigos

De honra e argamassa sã,

Rasgando caminhos

Ao progresso e bem-estar.

 

Tantas refregas onde,

Cruel, imperou a morte.

Tantas revoluções de irmãos

Que depois deram em uniões.

 

A paz e a justiça,
À parte algumas sombras,

Cobriu a Terra, de oiro e prata.

Brilhou o sol. 

Diluiram-se quase todas as fronteiras e cortinas entre os povos.

A inteligência descortinou caminhos

Que, num instante só,

Tudo põem ao dispor e à vista.

De todos os povos.

A riqueza circulou,

Livre à solta,

Na base da troca verdadeira e real,

Dum bem por um bem.

Em que a pauta era só o valor...

 

Eis que, uma praga de insectos vorazes,

Como um exército larvar e estéril,

Oriundos, não se sabe donde,

Dum deserto de honra

E farto em miragens falsas,

Assentou arraiais na banca,

Nas bolsas perversas,

Avassalou a política porca

E fez despejar a confusão geral,

De cima a baixo,

Tudo empestando de mentira suja...

 

Só um tornado gigante ...

Poderá exterminar tanta sujeira!...

Ouvindo Rachmaninov

Berlim, 29 de Agosto de 2013

8h2m

Joaquim Luís Mendes Gomes

 

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