Serenas horas...
Tenho fome e sede
De horas serenas
Nos rochedos,
Debruçadas sobre o mar.
Meus olhos,
Duas gaivotas,
Barco à vela,
Livres,
Sem limites,
Sobre as ondas,
Sobre as nuvens,
Me embalando a sonhar.
Serenar os meus ouvidos,
Aturdidos do ruido louco
Que, dia e noite,
Sem sentido,
Brame na terra,
Em todo o lado.
Encher meu peito
De ar puro,
Em vez do fumo pestilento,
Que o progresso,
Ávido de lucro,
Impunemente,
Me impõe a toda a hora.
Inebriar minha alma,
Tão cansada,
De perdida,
No emaranhado desta vida,
Sem sentido,
Rasteira ao chão,
Com a candura infinita
Do altar da natureza,
Como a vestiu o Criador...
Ouvindo André Rieu
Berlim, 30 de Agosto de 2013
8h29m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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