quarta-feira, 14 de agosto de 2013

como um chafariz ao vento...


Como um chafariz ao vento...

 

Quero espargir

Abundantes centelhas de luz e frescura

Que vão para o mundo,

Levadas pelo vento.

 

Queria chegar aos sítios mais secos.

Sem água, sem chuva.

 

Nas bermas das estradas,

Fazê-las jardins coloridos,

Alegrar os passageiros

Que correm à frente.

 

Solto golfadas de gotas,

Em volutas de fé e de esperança,

Que o vento há-de levar,

Como nuvem,

Fazendo chover,

Nos corações tristes,

Desertos de amor.

 

Não posso guardar para mim,

Tudo o que recebo,

Destinado a dar.

 

Oxalá consiga vencer as sombras

Que me passam na frente,

E escondem o sol.

 

Sem ele, se apagam o fogo e a luz.

Tudo arrefece...

Eu ficaria gelado...

Mas valia secar e morrer.

 

Ouvindo “Titanic” cantado por sax

 

Berlim, 15 de Agosto de 2013

7h53m

Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários: