Horas de seca...
Ó que secura
Caíu sobre mim...
Estou às escuras,
Com sede.
E, ao longe, há gente
Que espera...
Que hei-de eu levar?
Parado, não fico.
Vou pôr-me a caminho,
Caminho da fonte.
De água abundante,
No cimo do monte.
Mesmo que demore
E que custe
Ou que sangre.
Ou que sangre.
Vou pelo caminho,
Procurando a sombra,
Sempre a subir,
Que me ensinaram em menino,
Menino de escola,
Em casa dos pais.
Nunca falhou.
Sei que vai dar.
Levo um cantil,
Que dê para todos,
Para encher e guardar.
Outras secas
Que venham.
Me há-de valer
E nunca secar.
Ouvindo Nocturnos de Chopin
Berlim, 18 de Agosto de 2013
9h12m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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