Cortejo colossal...
Manhã sorridente de sol a abrir.
Contente de pegar ao trabalho
De mais um dia,
Que o universo lhe encomendou.
Em roda louca, incessante,
Dá voltas à terra amante
Que se volta,
Que se revira,
Vezes sem fim.
Há um laço vital, oculto,
Tão constante,
Redondo e firme
Que tudo prende
Neste universo infindo.
Que cadeia misteriosa,
Que cortejo colossal,
Em carrocel,
Nos transporta por esse além sem fim.
Sem darmos conta.
À frente da minha janela, ridente,
É o silêncio verde, a arder,
Dum mar de tantas copas altas,
Luzindo ao sol,
Apontando ao céu
Seus ramos, pujantes,
Em oração perene.
E eu com eles...
Ouvindo “nocturnos” de Chopin
Berlim, 22 de Agosto de 2013
7h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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