segunda-feira, 26 de agosto de 2013

serenata louca...


Serenata louca à trovoada...

 

Despi minhas vestes

E fui como um louco,

Dançar à chuva,

Ao vento e à trovoada.

 

Senti-me nobre e livre.

Com a leveza dum pássaro breve.

Duma formiguinha arguta,

Que se espraia à solta,

Num carreirinho ao sol.

 

Um fio de estopa,

Numa roca esguia,

Desfiando fio e renda

Para um bornal de pão.

 

Só me faltou o fôlego

Para alcandorar o céu

E ordenar aos anjos

Que acudam a esta terra louca,

Perdida no espaço e tempo.

Olhando ao chão, imundo,

Esquecendo o céu...

 

Ouvindo Brahms,

Berlim, 27 de Agosto de 2013

7h37m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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