Peregrinos...
A quem me hei-de
queixar, se não a ti,
Meu peregrino companheiro
de viagem.
Aqui ao lado.
Com destino igual.
De alegria e dor.
Só a hora de
partida foi diferente.
Em caravana universal,
Oriunda lá das
brumas, indefinidas,
Não sabemos se
como pioneiros seres humanos, originários,
Ou como elos de
evolução
Na forma e fundo,
Por um augusto toque
De sabedoria
divinal.
Não somos
máquinas.
Nem simples seres
com vida.
Temos olhos de
alma
Que medita e que reflecte.
Se desdobra em
perscrutar, tudo em redor.
À procura dos
porquês,
D’agora e sempre.
E que
transforma...
Temos uma chama a
arder, dentro de nós,
Sabendo bem no
fundo
Que não fomos
quem a acendeu.
Que inflama e se
inflama
Com a chama que
arde ao pé.
Que se alegra e
que chora,
Como seus,
Com o bem e mal
Do companheiro de
romagem.
Ouvindo Hélène
Grimaud
Berlim, 31 de
Agosto de 2013
8h23m
Joaquim Luís Mendes
Gomes
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