Barca de Noé...
Aportei em Berlim,
Na minha barca de Noé.
Com toda a família,
A bordo.
Até o cão e o gato...
A fugir do dilúvio
Que grassa e desgraça
O meu País.
Não vieram do mar
Que é seu amigo,
E irmão...
As águas de enxofre
Que o sepultam.
Vieram da Europa sulfúrica,
Capitalista e financeira.
Pelas mãos da troika verme
E da cobardia infame
De quem o vem governando,
Depois de Abril.
Minha idade já não dá
Para lhes fazer frente,
D’armas na mão...
Porque só assim,
Se lhes porá o fim...
Nunca esperei ver
Tanta infâmia a arder
E tanta apatia em combate-la...
Berlim, 2 de Agosto de 2013
15h20m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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