Festa da Vida
Toda a manhã passaram
estrelas
Em cortejo longo.
Em arco íris.
De todos os
tamanhos e cores.
Vêm do universo
infindo.
Convidadas pelo Rei
de tudo.
Para a grande
festa da vida
Que irá nascer
Na Terra
E não vai ter
mais fim.
Trajam de tule a
arder.
E carmim de linho
Corado ao sol.
Tão graciosas.
Parecem rainhas.
Seus brincos
Centelham raios.
Seus diademas,
Refulgem de luz.
Brilhar no alto,
É só o que sabem.
Vêm curiosas.
Que outra forma estranha
De existir, além de
estrelas,
Poderá haver?
E, vista de
longe,
A Terra é só
Uma bolinha azul,
E tão minúscula,
Raiada de nácar.
Que pode ter...?
Diz o convite.
É só descer.
O ponto de
encontro
É algures...no
oriente,
Onde o sol nasce
E a lua se põe.
- Haverá um sinal -.
De repente,
Ouviu-se um
estrondo.
A terra tremeu.
Se apagou a luz.
Que escuridão!
De estarrecer.
O fim do mundo...
De lés-a-lés
Se rasgou-se o
céu.
Um clarão.
Tudo brilhou,
Como nunca alguém
viu.
Soaram coros.
Todos os anjos.
Muito mais que as
estrelas.
Que vozes
lindas!...
Envolvendo a
Terra,
Vestida de verde
E azul de mar,
Feita jardim,
O berço escolhido,
Em todo o
universo,
P’rà Vida nascer...
Ouvindo “ O Lago
dos Cisnes” de Tschaikowski
Berlim, 24 de
Agosto de 2013
22h13m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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