Aranha azul...
Se eu pudesse ter escolhido o que quereria ser, como ser
vivo, seria uma aranha. Mas teria de ser azul. Da cor do céu, quando brilha o
sol. Me esconderia por detrás das nuvens. Teceria uma teia fina. Por onde só
passasse o vento. Ficaria à espera de alguém passar.
Olharia primeiro seu rosto. E no rosto, os olhos. Leria
neles seu pensamento.
Se fosse puro, deixava-o ir. Em paz.
Se não, lançá-lo-ia ao mar. E ficaria feliz. Por dever cumprido.
Menos um a fabricar o mal...Assim o mundo ficaria mais
limpo. De quem só pensa em fazer mal...
O mundo assim, seria azul, da cor do mar...
Aeroporto de Berlim, Schonfeld, 9de Fevereiro de 2014
11h00m, enquanto esperava meu neto João a chegar de
Portugal...
Joaquim Luís Mendes Gomes
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