Tudo irá ficar claro...
Andamos, parece,
Desde que acordamos,
cada manhã,
para mais um dia, sem sentido.
Tudo está fora do sítio.
Onde gostaríamos que estivesse.
Cada passo, parece um grito,
De desespero.
Cada paragem,
Uma estação,
Parada,
Sem comboios a partir.
Tudo ermo...
Afinal, que ando cá a fazer?...
Tanta promessa de futuro.
Tanta vida,
Sem claridade.
Só há sombras,
E não há sol.
Se, ao menos, viesse a chuva,
Para lavar
Tanta ferida,
E o caminho para andar.
Minhas veias estão secas.
Do sangue que se esvaíu.
Mas, cá bem no fundo
Do meu ser,
Há uma chama,
Lamparina,
muito pequena,
bruxuleia,
quase apaga,
acendeu-ma a minha Mãe...
naquela hora triste....
em que morreu.
- “Donde estou,
Para onde vou,
Eu fico a ver-te,
Neste mundo,
Pedindo ao Senhor
Que te dê sempre a Sua mão!”...
Ouvindo Hélène Grimaud , em Bach e Busoni
Berlim, 18 de Fevereiro de 2014
6h21m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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