Medo das cavernas...
Mal assomamos à dignidade de sermos homem,
Sentimos a fome,
Sentimos o frio e a sede.
Procurar um abrigo...
Onde?
Não havia nada.
Só o chão pedregoso
Ou enlameado.
Fez-nos andar...andar...
Subir...descer...
Quem nunca sai do lugar,
Fica pior.
Até que, nas encostas das montanhas,
Viram fendas negras,
Onde não entrava o sol.
Entre o medo e a curiosidade,
Foram avançando...
O mais que puderam.
Uma coisa foi certa,
Pelo menos, davam para abrigo
E serviam de poiso
Para a luta da vida.
Tudo começou das cavernas.
Pelo engenho aceso
Em contínua combustão...
Desde o nada...
Hoje a Terra é o que é.
Onde o homem parece rei.
Mas com muito medo
Dos negrumes
De cavernas...
Mafra, 25 de Fevereiro de 2014
8h4m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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