Largo da feira...
Ficou deserto o largo da feira.
Estava cheio de gado.
Vacas leiteiras.
Bois barrozãs.
Muitas galinhas
E muitos capões.
Tendas de pano.
Cordas de amarras.
Cavilhas no chão.
O vinho escorreu.
Havia sardinhas
E broa de milho.
Havia cavacas.
E até pão-de-ló.
Vestidinhos de chita.
Ainda não havia ciganos,
Nem casas de xinos...
Tudo era nosso.
Fruto do campo.
E do nosso suor.
Até balancés,
Com fantoches
Aos murros e às cabeçadas.
Tudo passou.
Ficou tão vazia...
A praça da feira,
Por onde passava a alegria,
Com vinho da pipa
E aguadeiros ao copo...
Com sol a brilhar!
Ouvindo Amélie...
Berlim, 14 de Fevereiro de 2014
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário