quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

assim emergem gigantes...


Assim nascem e crescem os gigantes...


É com pedrinhas de areia
Que se elevam os monumentos,
Na argamassa das estruturas,

São mãos de cinco dedos
Que tecem torres altas.
Embora,
Como castelos de areia
Que uma simples lufada
De mar em fúria
Põe no chão.

São formigas,
Incansáveis,
E minúsculas,
Em silêncio,
Pelos carreiros do monte,
Que erguem montanhas firmes,
De bagas-bagas,
Plenas de vida,
Em formigueiro,
Mais que a Índia...
Como arquitectas mais exímias,
Que os egípcios
Do deserto,
Suas pirâmides,
Tão estáticas,
Só de mortos...

Foi nos claustros escondidos,
Do centro oculto dos mosteiros,
Que se elevaram hinos,
De louvor ao Criador,
Pela criação da Europa,
Com o génio expansionista beneditino...
Dos Urais até extremo ocidental.

É com continhas minúsculas
Que se ligam aqueles rosários,
Que trazem a bênção celestial
A toda a Terra
Pela maternal mão
Da Mãe de Deus
Que também é nossa!...

Ouvindo Leonard Cohen

Berlim, 13 de Fevereiro de 2014
7h9m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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