quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

salpicos...


Salpicos de notas...

Com salpicos e toques de notas,
Num piano aceso,
Se levantam labaredas
A arder
Que nos levam ao céu...

Bastam as mãos e a alma
Dum artista com fogo,
Sentado de frente,
Atacando sem dor
Cordas ocultas vibrantes,
De tamanhos
E espessura diferentes,
Em harmonia perfeita,
Que um ouvido concreto
E muita mestria,
Dispôs para nós.

Centelhas de amor
Espalhadas na vida,
Nossa razão de existir.
Não se podem perder.

Tudo que nos eleve do chão,
E nos faça vibrar,
É luz que ilumina
É força a puxar
Para que sejamos felizes.
Basta que nos deixemos levar...

Ouvindo Hélène Grimaud, tocando Bach
Berlim, 6 de Fevereiro de 2014
6h57m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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