sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

muralha da china...


Muralhas da china...

Ó pudesse eu erguer umas muralhas
Em granito negro,
Muito bem altas,
À volta da Terra...

Cercar os povos,
De todas as cores,
De prados verdes,
E dum mar azul,

Onde novos, mais idosos,
Vivessem bem,
Alegres,
E m paz total.

Corações batento forte,
Presos ao chão,
e olhos nos céus,
conforme baterem,
a Alá, a Deus,
ou Jeová,
Aquele de cujas mãos,
Por infinito Amor,
Nascemos todos,
Filhos de Deus...
Todos irmãos...

Queria ver flores
À volta de todas as casas,
E lareiras a arder,
No rigor da neve,
Avós e netos,
Contando histórias,
Passando as lendas
E os saberes todos,
De pais para filhos...
Que uma chuva perene
De bênçãos celestes,
Cobrisse os telhados,
Num banho de paz...
E chegada a hora,
De cada um partir,
Chegasse ao Reino
Onde o tempo acaba
E começa o eterno,
Aos pés de Deus...
Princípio e Fim...


Ouvindo concerto de Schumann por Hélène Grimaud
Berlim, 15 de Fevereiro de 2014
6h37m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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