Parti para o infinito...
Pequenito, sai da minha terra natal.
Eu supunha....para um infinito.
Para um mundo novo
E sem fim.
Onde tudo fosse ainda mais lindo
E mais rico,
Do que o aquele torrão verde e florido,
Muito pobre...mas muito rico...
Onde a Natureza nascia sempre em festa,
No dealbar de cada manhã.
Passarinhos em debandada,
Poisavam ledos,
Nas urzes e nas giestas,
Havia borboletas
De tantas cores,
Batendo as asas,
Como flores,
Reluzindo ao sol.
Havia trindades, três vezes ao dia.
Derramando as bênçãos
Para a freguesia inteira,
No labor dos campos
E das oficinas.
Ouvia-se rezas de Ave-Marias,
Pelas frestas luzentes dos telhados,
De telha francesa.
Havia promessas que eram cumpridas,
Pelas graças de Nossa Senhora,
Em coros de meninas,
De vestidinhos brancos,
Subindo a ladeira
Para Pedra Maria,
À minha porta.
Pensava eu
Que o mundo seria
A ampliação de tudo aquilo,
Em escala grande,
E que a escola, suposta santa,
Para onde fui,
Alfobre de padres...
Seria a garantia maior
Do que sonhava!
Tudo uma miragem!...
Ouvindo Sibellius,
Berlim, 16 de Fevereiro de 2014
6h37m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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