Ode breve ao meu boné...
Não podia ser mais justo e apurado
O presente que recebi,
Ontem pela tardinha.
Do meu filho mais novo.
Apareceu ao jantar de família,
Com um saco de papel branco,
Enfeitado,
Muito sóbrio com uma prenda
Para seus pais...
-Porquê?...perguntámos
- pelos livros que acabaram de publicar...
Para a Mãe, um chapéu formoso,
Muito discreto,
Harmonioso....
Que bem lhe fica!...
Meu coração deu um baque,
Delirando...
Acertou na mouche!...
O raio do petiz tão lindo!...
Estávamos mesmo a precisar.
Aqui o tempo é gelo...
E o meu estava já gasto...
Nunca tive um boné
Que me ficasse tão bem.
Falo de mim.
E da Mãe também.
Ouvindo Lang Lang ao piano, como sempre...
Berlim, 10 de Fevereiro de 2014
7h24m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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