Algodão em rama…
De vez em quando,
Tropeço nas pedras rugosas do caminho,
Coberto de lama
E caio.
Os joelhos recolhidos
Que me servem obedientes,
É que pagam…coitados.
E as calças.
Recorro à água fresca
Na primeira bica de água corrente.
O sangue se vai.
E pégo numa bolinha branca
De algodão em rama,
E, ao de leve,
Com muito respeito,
Compungido.
Faço uma jura e prometo
Nunca mais tropeçar…
Ter mais cuidado.
As calças, essas,
É só ir ao armário,
Nem merecem o conserto
Do alfaiate.
E o certo é que, dias depois,
Quando menos espero,
Uma distracção ligeira,
Um olhar à banda,
Outra vez no chão…
Só peço ao Criador
Que da próxima vez,
Me dê asas,
Em vez destes tacanhos membros,
Tão rasteirinhos,
Sujeitos à lama barrenta
E ao cascalho,
Inclemente e traiçoeiro
Que ela tapa.
E quem paga?
Aquela bolinha inocente
E branca do algodão …
Mafra, 25 de Julho de 2014
6h55m
Joaquim Luís Mendes Gomes
De vez em quando,
Tropeço nas pedras rugosas do caminho,
Coberto de lama
E caio.
Os joelhos recolhidos
Que me servem obedientes,
É que pagam…coitados.
E as calças.
Recorro à água fresca
Na primeira bica de água corrente.
O sangue se vai.
E pégo numa bolinha branca
De algodão em rama,
E, ao de leve,
Com muito respeito,
Compungido.
Faço uma jura e prometo
Nunca mais tropeçar…
Ter mais cuidado.
As calças, essas,
É só ir ao armário,
Nem merecem o conserto
Do alfaiate.
E o certo é que, dias depois,
Quando menos espero,
Uma distracção ligeira,
Um olhar à banda,
Outra vez no chão…
Só peço ao Criador
Que da próxima vez,
Me dê asas,
Em vez destes tacanhos membros,
Tão rasteirinhos,
Sujeitos à lama barrenta
E ao cascalho,
Inclemente e traiçoeiro
Que ela tapa.
E quem paga?
Aquela bolinha inocente
E branca do algodão …
Mafra, 25 de Julho de 2014
6h55m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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