sexta-feira, 4 de julho de 2014

recriação do mundo...

Recriação do mundo…
E um dia, disse Deus:
Vou recriar o mundo.
Um grande lago sideral.
Sem estrelas nem astros reis.
Sem castelos de rocha
Nem aviões.
Sem minérios nem gazodutos.
Sem mistérios de religiões.
Nem ministérios de poderes.
Sem as selvas de avenidas.
Encharcadas de arranha-céus.
Sem casas-brancas,
Nem praças vermelhas.
Nem basílicas de oiro
E vaticanos.
Nem um só urânio de ameaças.
Nem os dubais de plástico,
Em lego ou dominó.
Sem bandeiras.
Sem ONUS ou CEEs.
Sem as seitas negras
Do capital.
Sem moeda. Bancos centrais.
Nem os enxames
Dos computadores.
Sem diabos,
E sem arcanjos.
Nem infernos ou caldeirões.
Sem epidemia de seitas.
Nem os pesadelos tele-jornais.
Sem mais cadernos
Nem alcorões.
Livros de missa
Ou ladainhas.
Desaparecem de vez as assembleias.
E todas as fabricas de gravatas.
Não há opas.
Não há fatos,
Não há vestes.
Um mundo de paz e sem fronteiras…
Berlim, 4 de Julho e 2014
8h57m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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