Um copo de água…
Tão simples…como um copo de água.
Vinham dos campos,
Bem lá do fundo.
Rosto vermelho.
Suor correndo.
Açafate à cabeça,
Com as verduras verdes
Da sua faina.
Eram os grelos.
O feijão verde.
Cebolas. Alhos.
Por vezes pintos
E mesmo galinhas.
A caminho da feira da vila.
Arranjar dinheiro era preciso.
Para o azeite e o petróleo.
Não era preciso muito,
Se não havia doença.
Como tudo era simples.
Tudo tão puro.
E verdadeiro.
Brotava da alma.
Era alfaiate.
Já foi há tanto!…
Tudo tão simples e puro,
Como o tempo e o sol.
Havia perfumes com cor
Por todos os lados.
Saíam da terra
Que o arado arava.
As flores cresciam à solta,
Pelas bordas dos caminhos.
Tudo sorria.
Havia festa.
Por cima, o céu…
Por baixo a terra.
Ó que harmonia!
Que água tão fresca!…
Mafra, 29 de Julho de 2014
6h53m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Tão simples…como um copo de água.
- Ó Quinzinho. Dava-me um copo de água?
Vinham dos campos,
Bem lá do fundo.
Rosto vermelho.
Suor correndo.
Açafate à cabeça,
Com as verduras verdes
Da sua faina.
Eram os grelos.
O feijão verde.
Cebolas. Alhos.
Por vezes pintos
E mesmo galinhas.
A caminho da feira da vila.
Arranjar dinheiro era preciso.
Para o azeite e o petróleo.
Não era preciso muito,
Se não havia doença.
- O Senhor lhe pague!
- Pelas alminhas de quem lá tem!...
Como tudo era simples.
Tudo tão puro.
E verdadeiro.
Brotava da alma.
- Vá com Deus! .- era a resposta do Quinzinho do padre.
Era alfaiate.
Já foi há tanto!…
Tudo tão simples e puro,
Como o tempo e o sol.
Havia perfumes com cor
Por todos os lados.
Saíam da terra
Que o arado arava.
As flores cresciam à solta,
Pelas bordas dos caminhos.
Tudo sorria.
Havia festa.
Por cima, o céu…
Por baixo a terra.
Ó que harmonia!
Que água tão fresca!…
Mafra, 29 de Julho de 2014
6h53m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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