Perfume do anoitecer…
Vou para a minha varanda,
Ao entardecer.
Com todos os meus novelos.
Enchem um cesto.
Estão tão emaranhados.
Vou ver-me grego
Para os desenlaçar.
Fui-o enchendo,
Ao correr da vida.
Quando me sentia preso,
Ali os ia pondo.
Caminho mais fácil.
Foram somando…somando…
Que grande rima!
Não sei onde lhe está a ponta.
São de várias cores.
Secaram os que eram verdes.
Murcharam os que eram roxos.
Há salpicos rubros
Que parecem de sangue.
Há-os de cinza.
Há-os castanhos,
E os de casca de ovo.
Me debruço
E os rememoro.
Há-os com laços.
Tão emaranhados,
Parecem morcegos.
Há-os vendados.
Com cadeados.
Esqueci o segredo
Que os conseguiam abrir.
Chego-lhes fogo.
De tão apagados,
Se consomem de fumo.
Tresandam a fel.
Revolta e dor.
Águas passadas.
Dum rio sem fundo.
Há-os doirados
Reluzindo ao sol.
Guardam segredos.
Espaços de luz.
Se evolam quimeras.
De esperanças perdidas.
Forjadas de sonho
Que o tempo matou.
Me abraço aos meus laços.
Foram só meus.
Deixo que a hora da morte
Os liberte de vez…
Berlim, 12 de Julho de 2014
21h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Perfume do anoitecer…
Vou para a minha varanda,
Ao entardecer.
Com todos os meus novelos.
Enchem um cesto.
Estão tão emaranhados.
Vou ver-me grego
Para os desenlaçar.
Fui-o enchendo,
Ao correr da vida.
Quando me sentia preso,
Ali os ia pondo.
Caminho mais fácil.
Foram somando…somando…
Que grande rima!
Não sei onde lhe está a ponta.
São de várias cores.
Secaram os que eram verdes.
Murcharam os que eram roxos.
Há salpicos rubros
Que parecem de sangue.
Há-os de cinza.
Há-os castanhos,
E os de casca de ovo.
Me debruço
E os rememoro.
Há-os com laços.
Tão emaranhados,
Parecem morcegos.
Há-os vendados.
Com cadeados.
Esqueci o segredo
Que os conseguiam abrir.
Chego-lhes fogo.
De tão apagados,
Se consomem de fumo.
Tresandam a fel.
Revolta e dor.
Águas passadas.
Dum rio sem fundo.
Há-os doirados
Reluzindo ao sol.
Guardam segredos.
Espaços de luz.
Se evolam quimeras.
De esperanças perdidas.
Forjadas de sonho
Que o tempo matou.
Me abraço aos meus laços.
Foram só meus.
Deixo que a hora da morte
Os liberte de vez…
Berlim, 12 de Julho de 2014
21h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Vou para a minha varanda,
Ao entardecer.
Com todos os meus novelos.
Enchem um cesto.
Estão tão emaranhados.
Vou ver-me grego
Para os desenlaçar.
Fui-o enchendo,
Ao correr da vida.
Quando me sentia preso,
Ali os ia pondo.
Caminho mais fácil.
Foram somando…somando…
Que grande rima!
Não sei onde lhe está a ponta.
São de várias cores.
Secaram os que eram verdes.
Murcharam os que eram roxos.
Há salpicos rubros
Que parecem de sangue.
Há-os de cinza.
Há-os castanhos,
E os de casca de ovo.
Me debruço
E os rememoro.
Há-os com laços.
Tão emaranhados,
Parecem morcegos.
Há-os vendados.
Com cadeados.
Esqueci o segredo
Que os conseguiam abrir.
Chego-lhes fogo.
De tão apagados,
Se consomem de fumo.
Tresandam a fel.
Revolta e dor.
Águas passadas.
Dum rio sem fundo.
Há-os doirados
Reluzindo ao sol.
Guardam segredos.
Espaços de luz.
Se evolam quimeras.
De esperanças perdidas.
Forjadas de sonho
Que o tempo matou.
Me abraço aos meus laços.
Foram só meus.
Deixo que a hora da morte
Os liberte de vez…
Berlim, 12 de Julho de 2014
21h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Perfume do anoitecer…
Vou para a minha varanda,
Ao entardecer.
Com todos os meus novelos.
Enchem um cesto.
Estão tão emaranhados.
Vou ver-me grego
Para os desenlaçar.
Fui-o enchendo,
Ao correr da vida.
Quando me sentia preso,
Ali os ia pondo.
Caminho mais fácil.
Foram somando…somando…
Que grande rima!
Não sei onde lhe está a ponta.
São de várias cores.
Secaram os que eram verdes.
Murcharam os que eram roxos.
Há salpicos rubros
Que parecem de sangue.
Há-os de cinza.
Há-os castanhos,
E os de casca de ovo.
Me debruço
E os rememoro.
Há-os com laços.
Tão emaranhados,
Parecem morcegos.
Há-os vendados.
Com cadeados.
Esqueci o segredo
Que os conseguiam abrir.
Chego-lhes fogo.
De tão apagados,
Se consomem de fumo.
Tresandam a fel.
Revolta e dor.
Águas passadas.
Dum rio sem fundo.
Há-os doirados
Reluzindo ao sol.
Guardam segredos.
Espaços de luz.
Se evolam quimeras.
De esperanças perdidas.
Forjadas de sonho
Que o tempo matou.
Me abraço aos meus laços.
Foram só meus.
Deixo que a hora da morte
Os liberte de vez…
Berlim, 12 de Julho de 2014
21h11m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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