sexta-feira, 4 de julho de 2014

minha fábrica...

Minha fábrica…

Tenho uma fábrica.
Fabrico velas,
Todas em linho,
Para as caravelas.
No alto mar.
Parecem asas de anacondas.

Se inflamam ao vento.
Ficam em fúria
Com o mar revolto.

São brilhantes,
Se lhes bate o sol.
Ficam impantes
Parecem gigantes,
Ao entardecer.

Arrastam as naus,
Como se fossem arados.
Rasgam as ondas.
Ficam sorrindo.

Quando lhe fecho as portas,
Para me ir embora,
Ficam cantando…
Parecem chorar.

Berlim, 4 de Julho de 2014
21h56m
Joaquim Luís Mendes Gomes



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