Lufadas de música…
Nesta tarde de alvoroço,
Uma enxurrada de música,
Rasgada em farrapos,
De tons variados,
Tolda minha alma.
Anestesia-me a dor.
Gela-me o rio
Que corre no fundo.
Lava-me a lava.
Vulcão apagado.
Quase cadáver.
Esquecido,
Na berma da estrada.
Mendigo pedinte faminto.
Morrendo de frio
E de fome.
Nem migalhas sobram
Desta mesa deserta de pão.
Apagou-se a lareira.
A lenha que havia
Acabou no inverno.
Agora, só caruma em rama
Que arde, carregada de fumo.
Ardem os olhos.
O peito sufoca.
Regelham as pernas.
E a manta molhada nas costas.
Mesmo com chuva de música…
Mafra, 28 de Julho de 2014
15h33m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Nesta tarde de alvoroço,
Uma enxurrada de música,
Rasgada em farrapos,
De tons variados,
Tolda minha alma.
Anestesia-me a dor.
Gela-me o rio
Que corre no fundo.
Lava-me a lava.
Vulcão apagado.
Quase cadáver.
Esquecido,
Na berma da estrada.
Mendigo pedinte faminto.
Morrendo de frio
E de fome.
Nem migalhas sobram
Desta mesa deserta de pão.
Apagou-se a lareira.
A lenha que havia
Acabou no inverno.
Agora, só caruma em rama
Que arde, carregada de fumo.
Ardem os olhos.
O peito sufoca.
Regelham as pernas.
E a manta molhada nas costas.
Mesmo com chuva de música…
Mafra, 28 de Julho de 2014
15h33m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário