domingo, 27 de julho de 2014

vidraças partidas....

Vidraças partidas…

Desfizeram-se em cacos os vidros
Das minhas janelas.

Entra-lhes o vento e o frio.
Fico gelado.
Entram-lhes as moscas.
Fico aflito.
...
Chove cá dentro.

Se cerro as portadas,
Fico sem luz-
Apenas da telha de vidro
Que pus no telhado.
Não vejo o céu.
Só há uma gata que espreita.

Fiquei eremita forçado.
Penso e medito.
Revejo o passado.

Futuro, só abrindo a porta,
De mala aviada.
Ficou impossível viver.
Prefiro uma toca na serra,
À solta.

Mafra, 28 de Julho de 2014
6h40m
Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários: