Manchas e nódoas…
Não deixam de ser glaciares
Aquelas montanhas de neve
Que cobrem os polos da Terra,
Com algumas refegas negras.
Não deixa de ser azul
O céu,
Com algumas nuvens voando.
Nem o mar sereno
Com alguns arrufos
De tempestade.
Não se perde um concerto ao piano,
Tocado por mãos divinas,
Se houver uma nota em falso.
E a felicidade que nos banha alma,
Com uma névoa de dor no corpo.
E um copo de vinho bom,
Mesmo que lhe caia dentro
um cisco…
O bem é bem, porque o mal existe…
Senão, tudo seria igual.
Que seria das montanhas belas
Se tudo fosse uma planície verde?
E do arroz de forno
Que não deixa esturro?
A harmonia total
Nunca existiu
Nem existirá…
Calor sem frio…
O que seria?
Não á alegria perene
Sem uma mancha de tristeza.
Quão enssonsa seria a vida
Se não tivesse dias de alguma angústia…
Como é bom chegar a casa
Depois duma longa ausência!…
Mafra, 26 de Julho e 2014
7h51m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Não deixam de ser glaciares
Aquelas montanhas de neve
Que cobrem os polos da Terra,
Com algumas refegas negras.
Não deixa de ser azul
O céu,
Com algumas nuvens voando.
Nem o mar sereno
Com alguns arrufos
De tempestade.
Não se perde um concerto ao piano,
Tocado por mãos divinas,
Se houver uma nota em falso.
E a felicidade que nos banha alma,
Com uma névoa de dor no corpo.
E um copo de vinho bom,
Mesmo que lhe caia dentro
um cisco…
O bem é bem, porque o mal existe…
Senão, tudo seria igual.
Que seria das montanhas belas
Se tudo fosse uma planície verde?
E do arroz de forno
Que não deixa esturro?
A harmonia total
Nunca existiu
Nem existirá…
Calor sem frio…
O que seria?
Não á alegria perene
Sem uma mancha de tristeza.
Quão enssonsa seria a vida
Se não tivesse dias de alguma angústia…
Como é bom chegar a casa
Depois duma longa ausência!…
Mafra, 26 de Julho e 2014
7h51m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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