terça-feira, 8 de julho de 2014

contra o vento...

Contra o vento…


Tudo fica pior
Se temos vento pela frente.
E se há lama
E há negrume.

Cada passo que se dá
É um ferro que se crava.
Uma amarra que se parte.

O peito arfa.
O corpo aquece,
Corre o suor.
A alma sofre.
Em vez do sonho belo
Que queria ter.

Juntam-se as silvas
Que vêm dos lados.
A pele sangra.

Perdi-lhe as horas.
Já não tenho pressa.
O desafio É o essencial.
É nele que eu acredito.

Minha força que vem do fundo.

Sei que o sol há-de voltar
Cada passada uma vitória.
Por aqui, é o caminho.
Vai daqui ao fim do mundo.

Sei que o sol há-de voltar.
E hei-de chegar ao mar…
Berlim, 8 de Julho de 2014 6h7m Joaquim Luís Mendes Gomes

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