Seara de vento…
Sigo na estrada,
Através duma seara de vento.
Oiço as cigarras, adejando,
Desasossegadas,
E as libelinhas negras.
Poisadas sobre as papoilas.
Esvoaçam baixinho as toutinegras.
Sobre as espigas baloiçantes.
Das nuvens albas, lá no alto,
Jorram rios de luz de prata.
Sobre a terra.
Caem bênçãos infinitas
De energias paralelas.
É o calor, nem mais nem menos.
E a força da gravidade
Que à terra-mãe nos amarra e prende.
É a suavidade da planície,
Um altar de vida,
Exposto ao sol.
É a serra ao fundo,
Muralha imensa,
Que nos doseia o vento
Que em mar de ondas,
Sacode o pólen,
Disseminando as cores.
É o mar ao lado,
Espelhando o céu
Que nos liga ao mundo.
E o tempo na sua voragem
Num comboio apressado,
Nos transporta à força,
Para o fim do mundo…
Mafra, 22 de Julho de 2014
6h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sigo na estrada,
Através duma seara de vento.
Oiço as cigarras, adejando,
Desasossegadas,
E as libelinhas negras.
Poisadas sobre as papoilas.
Esvoaçam baixinho as toutinegras.
Sobre as espigas baloiçantes.
Das nuvens albas, lá no alto,
Jorram rios de luz de prata.
Sobre a terra.
Caem bênçãos infinitas
De energias paralelas.
É o calor, nem mais nem menos.
E a força da gravidade
Que à terra-mãe nos amarra e prende.
É a suavidade da planície,
Um altar de vida,
Exposto ao sol.
É a serra ao fundo,
Muralha imensa,
Que nos doseia o vento
Que em mar de ondas,
Sacode o pólen,
Disseminando as cores.
É o mar ao lado,
Espelhando o céu
Que nos liga ao mundo.
E o tempo na sua voragem
Num comboio apressado,
Nos transporta à força,
Para o fim do mundo…
Mafra, 22 de Julho de 2014
6h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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