Alegoria do rio…
Bem no fundo de mim,
Desde sempre,
Corre um rio,
De águas profundas.
Nele me banho a toda a hora.
Onde nasce. Donde vem
E por onde passa,
Eu não sei.
É tão vizinho.
Vive para mim.
Ele me enche,
Inteiro,
Como minha parte.
Me atravessa a alma
E todos os poros
Deste corpo opaco e nu.
Me lava a pele
E me inunda.
Me refresca, vivifica
E me acalma.
Em cada passo.
Nele pesco meu alimento.
Nele vou a toda a parte.
Seu leito
É o meu barco.
Suas marés cheias
Me fertilizam
E me alisam todos os escolhos.
Dá-me praia,
Sol e sombra,
Nas suas margens.
Me encanta
Seu gorgolhejar constante.
Por entre as pedras
E os arbustos.
Faz recortes e enseadas
Na minha vida.
Onde acontecem
Meus encontros.
E há trocas livres,
Sem mercado.
Tenho afluentes certos
Que me esperam com saudades.
Seus matizes tão variados
São meu sustento.
Damos as mãos
E lá vamos de braço dado,
Rumo ao porto
Onde nos aguarda em festa
O mesmo Mar…
Berlim, 26 de Maio de 2014
5h54m ( já nasceu o sol…)
Joaquim Luís Mendes Gomes
Bem no fundo de mim,
Desde sempre,
Corre um rio,
De águas profundas.
Nele me banho a toda a hora.
Onde nasce. Donde vem
E por onde passa,
Eu não sei.
É tão vizinho.
Vive para mim.
Ele me enche,
Inteiro,
Como minha parte.
Me atravessa a alma
E todos os poros
Deste corpo opaco e nu.
Me lava a pele
E me inunda.
Me refresca, vivifica
E me acalma.
Em cada passo.
Nele pesco meu alimento.
Nele vou a toda a parte.
Seu leito
É o meu barco.
Suas marés cheias
Me fertilizam
E me alisam todos os escolhos.
Dá-me praia,
Sol e sombra,
Nas suas margens.
Me encanta
Seu gorgolhejar constante.
Por entre as pedras
E os arbustos.
Faz recortes e enseadas
Na minha vida.
Onde acontecem
Meus encontros.
E há trocas livres,
Sem mercado.
Tenho afluentes certos
Que me esperam com saudades.
Seus matizes tão variados
São meu sustento.
Damos as mãos
E lá vamos de braço dado,
Rumo ao porto
Onde nos aguarda em festa
O mesmo Mar…
Berlim, 26 de Maio de 2014
5h54m ( já nasceu o sol…)
Joaquim Luís Mendes Gomes
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