terça-feira, 27 de maio de 2014

arruaças...

Arruaças…

Há arruaças benfazejas.

Levantam o pó.

Às vezes cascalho.

Tombam as árvores.

Sempre as mais fracas.

Enxotam as moscas.

Deixam marcas,

Mesmo no chão.

Deixam saudade.

Outras que não.

Destilam o mal.

Por todos os poros.

Fazem doer.

Vêm dos fracos.

Nos tocam de perto.

Sabem a fel.

Trazem desgraças.

Nunca esperadas.

Feitas de lama.

Não há chuva,

Por mais forte e fria.

Não há vento,

Nem ciclone.

Nem o sol as seca…

Só o tempo…árido,

Com muitos séculos…

Berlim, 27 de Maio de 2014

17h9m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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