Não é tempo de chorar...
Quando me apercebi,
Dei comigo no fim.
Uma vida passada.
Toda inteirinha
Correu sem dar conta.
Tão apagada.
Foi um instante.
Sem rasto nenhum.
Nem cometa cadente,
Arco voltaico.
Vida banal.
Onde minha alma
Vibrou.
Suas ondas ficaram retidas.
Não saíram do porto.
Com cercas à volta.
Destino ou acaso.
Foi assim que vivi.
Por isso, agora,
No resto que falta,
Me agarro à vida,
Com todas as garras.
Não quero viver
Num quarto fechado.
Quero abrir as janelas
E deitar-me a voar,
Sedento de vida,
Em cada momento.
Enquanto o sol ao nascer,
Me vier acordar...
Ouvindo Sara Brightmann, d’ont cry
for me...
Berlim, 11 de Maio de 2014
9h40m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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