Os melros do cair da tarde...
A noite vai descendo lentamente
Sua cortina rendilhada.
As árvores verdes se vão escondendo.
Descrevendo arabescos,
Com suas copas.
E os melros negros,
Saltitando de ramo em ramo,
Entoam chilreios lindos,
Ao desafio,
Tão afinados.
Que dirão?
A quem entoam seus cantos?
Será ao mesmo Deus
O Criador?
Soam de encanto,
Tão agradecidos,
A orações.
Por mais um dia
Em que nada faltou.
Já que Avé-Marias,
Por aqui não há.
Canto com eles.
Com meus versos ditados.
Pelas mesmas razões,
Ao mesmo Rei...
Ao mesmo Senhor!...
Berlim, 5 de Maio de 2014
22h5m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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