Espaços em
branco...
Foram tantos os
espaços em branco
Que eu deixei
pelo caminho.
Portas abertas claras,
Por não fui.
Saídas erradas sombrias
Que dei,.
Aflições sem
conta senti
e em vão que
sofri.
Tudo se remedeia.
Com força e
esperança.
Tantos almoços, tão
bons,
A que eu disse que
não.
Silêncios errados
que fiz
Na hora em que deveria
falar.
Caminhadas perdidas
Por penhascos sem
cor.
Clarões d verdade
e de bem
Se rasgaram no
céu e não vi.
Sentimentos de
raiva
Cresceram...cresceram...
Toldaram-me a
mente
E eu não os
cortei.
Horas felizes de
sonho e de festa
De Amigos
A quem não
liguei.
Companhias erradas
Me estenderam a
mão.
A umas neguei,
Com acerto,
A outras cedi...
Palavras com
gumes cortantes,
Espalhei pelo ar.
Como pedras
E folhas com
picos.
Eram escusadas.
Algumas me caíram
em cima.
Como nos telhados
de vidro.
Quem os não
tem...
Quero emendá-los
a todos.
Falta-me o tempo.
Vontade é que
não...
Ouvindo serenata
de Schubert,
Berlim, 4 de Maio
de 2014
6h6m, dia tímido de
sol
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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