Anda música no ar.
Neste fim da tarde.
O vento faz bailar as árvores.
O sol faz sorrir suas folhas.
Canta o passaredo.
Feliz,
Por se recolherem nos ninhos.
No meu coração,
De lusitano,
A saudade canta.
Oiço ao longe,
Cantar o fado.
"Ai mouraria"
"Ai Alfama"
e a Madragoa…
Nas ruas do Porto,
Há algazarra e há folguedo.
Gente alegre,
Mesmo sem cheta!…
O milagre da sabedoria.
A riqueza está na vida
Do dia a dia.
Com seu Douro. Bailarino.
Tão contente por chegar à Foz!…
Vem lá da Régua,
Tocado a vinho.
E o Alentejo extenso,
Pacato e soalheiro.
Seara de pão.
E tem cá um vinho…
Com tanta raça…
Sabe a mel.
E o licor beirão
A faiscar na taça,
Parece sangue…
Quase divino.
E o verde vinho,
Espumando a mar.
Videiras rainhas,
Em altas ramadas.
Ó companheiro nosso!
A sair da pipa,
Lá nas adegas…
Quem te provou,
Estremeceu de gozo.
Tanto gostou.
Jamais esqueceu.
E o salpicão em cachos,
Negros do fumo de pinho.
Os olhos ardiam.
Agora choram…
Minha vingança é a saudade.
Só quem está fora.
É quem a sente!…
Ouvindo Bill Douglas uma vez mais…
Berlim, 26 de Maio de 2014
21h41m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Neste fim da tarde.
O vento faz bailar as árvores.
O sol faz sorrir suas folhas.
Canta o passaredo.
Feliz,
Por se recolherem nos ninhos.
No meu coração,
De lusitano,
A saudade canta.
Oiço ao longe,
Cantar o fado.
"Ai mouraria"
"Ai Alfama"
e a Madragoa…
Nas ruas do Porto,
Há algazarra e há folguedo.
Gente alegre,
Mesmo sem cheta!…
O milagre da sabedoria.
A riqueza está na vida
Do dia a dia.
Com seu Douro. Bailarino.
Tão contente por chegar à Foz!…
Vem lá da Régua,
Tocado a vinho.
E o Alentejo extenso,
Pacato e soalheiro.
Seara de pão.
E tem cá um vinho…
Com tanta raça…
Sabe a mel.
E o licor beirão
A faiscar na taça,
Parece sangue…
Quase divino.
E o verde vinho,
Espumando a mar.
Videiras rainhas,
Em altas ramadas.
Ó companheiro nosso!
A sair da pipa,
Lá nas adegas…
Quem te provou,
Estremeceu de gozo.
Tanto gostou.
Jamais esqueceu.
E o salpicão em cachos,
Negros do fumo de pinho.
Os olhos ardiam.
Agora choram…
Minha vingança é a saudade.
Só quem está fora.
É quem a sente!…
Ouvindo Bill Douglas uma vez mais…
Berlim, 26 de Maio de 2014
21h41m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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