terça-feira, 27 de maio de 2014

perdido no vento...

Perdido no vento…

 

Ando perdido no vento,

No tempo

E no mar.

Folha seca duma árvore madura.

Barco sem velas nem remos,

Fugindo das ondas.

Ao sabor das correntes.

Alcanço meu porto,

Por portas travessas.

Um balão que encheu

E tem de poisar.

Ave canora de asas feridas.

Não canto lamentos.

Só louvo hossanas

Pela luz que me dá.

Andorinha emigrante,

Que regressa a seu ninho.

Um vaso de barro,

Onde crescem flores.

Um pedacito de mundo

Perdido no espaço.

Uma simples areia,

Das praias que há.

Escrevo meus versos

Com tintas de cor.

Faço rabiscos

Com lápis de cera.

O vento mos leva…

A chuva os apaga…

Quando e onde quiser.

Berlim, 27 de Maio de 2014

2034m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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