segunda-feira, 26 de maio de 2014

indiferença...

ndiferença…
Passar ao lado, à frente
E ficar para trás,
Dum ser amigo,...
Sem ouvir um olá,
Sequer…

Dizer adeus e nada
A quem fingiu
Na hora exacta,
Olhou para o lado
Ouviu
E virou a cara.
Bater a porta,
A quem bateu,
Para matar saudades
E dizer olá,
A quem, lado a lado,
Andou connosco,
A caminho da escola,
Na sala de aula,
Sector da fábrica
Ou da academia…
A quem a sorte
Encheu o bolso,
Com totoloto,
Roda da sorte,
Ou com sorte da bolsa,
No mesmo dia.
Ou saíu general inútil,
De tantas estrelas,
Naquela tropa,
Não servem para nada,
Mas está convencido
Que é um rei de copas
Ou pior de oiro…
Ficou doutor, com um manuscrito,
Tão bem escrito,
Tudo somado,
Não serviu
Para nada.
Se fez clérigo opaco,
Com colarinho branco,
Usou batina, preta,
E , com muita arte,
Chegou a cónego…tão infeliz!
Queria ser bispo!…
E, cheio de posses,
Dizer que não
Ao próprio irmão,
Com dificuldades na vida
De que não tem culpa,
E lhe estende a mão,
A pedir ajuda…
Mais que indiferença.
Mais que tristeza.
É maldição!…
Não tem desculpa.
Só tem perdão
de quem for capaz....
Berlim, 26 de Maio de 2014,
17h56m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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